Amando a vida é uma tempestade. Por vezes, parece destruir todo o mal e criar espaço e tempo para uma vida nova. Outras, destrói os nossos projetos e muito do que já havíamos construído. A cada dia somos chamados a arriscar tudo, porque só assim conseguiremos ganhar o que queremos, sendo que podemos sempre perder tudo. Não há dias iguais. A vida apresenta-se como um longo caminho que passa por montes e vales. Por jardins resplandecentes e por poços de trevas.
Quem ama pode perder tudo e, por vezes, perde-o mesmo. Ainda que não saiba se o poderá reaver depois.
Quem não ama não perde nada, porque nada fez seu.
Amar parece uma fraqueza, mas é uma força! O amor faz-nos abrir ao outro, revelando as nossas mais íntimas fragilidades. Ao outro cabe amar-nos e proteger-nos ou não nos amar e aplicar as suas forças atacando-nos nos nossos pontos fracos.
Quem ama dá-se. Não se perde.
Quem não ama não sai do seu eu, do seu egoísmo. O seu mundo é ele mesmo. Só.
Quem ama sonha, sorri e admira, mesmo nos dias maus. Por mais que dê do que é e do que tem, será sempre rico!
Quem não ama não vive. Sobrevive e toda a sua grandeza é só aparente. É vazio. Por mais que ganhe, explore e poupe, será sempre pobre.
Se não ser amado é triste, não amar é a própria infelicidade!
Queres encher o teu coração de céu? Deixa que o amor te esvazie de ti mesmo. Dá-te. Haverá então espaço para que a luz brilhe dentro de ti, para os outros e para ti.
Por José Luís Nunes Martins
Mai 29, 2020
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