«Hoje a maternidade é humilhada, porque o único crescimento que interessa é o económico», denuncia papa
A missiva, que se seguiu à oferta da obra por parte da autora, contém, a par do agradecimento, a denúncia das condições das mulheres no mundo, em particular por aquelas que são mães.
«Rezemos por elas, para que o Senhor lhes dê a coragem de acompanhar os filhos com a confiança que de que surgirá, certamente, um mundo diferente, mas será sempre um mundo que o Senhor amará muito», assinala o papa.
Para Francisco, «hoje a maternidade é humilhada, porque o único crescimento que interessa é o económico».
«[As reflexões do livro] são um contributo que me permite conhecer mais de perto este momento delicado da pandemia, a sensibilidade das mulheres à espera do parto», sublinha.
O papa acentua que «há mães que arriscam viagens intransitáveis para procurar desesperadamente dar ao fruto do ventre um futuro melhor, e são consideradas números em excesso por pessoas que têm a barriga cheia, mas de coisas, e o seu coração vazio de amor».
A editora, San Paolo, destaca que o pontificado de Francisco, «tão debruçado para as periferias e caracterizado pela opção preferencial pelos pobres, também favoreceu o surgimento de um vasto movimento feminino, quer interno, quer paralelo à Igreja e ao Vaticano».
É uma história que nasce na Argentina, quando Bergoglio consegue salvar várias mulheres da ditadura militar, e depois de ser eleito papa, manteve o apoio a Estela Carlotto, líder das Avós da Plaza de Mayo, «que conseguiu, também graças à intercessão de Francisco em favor da abertura dos arquivos eclesiásticos argentinos, reencontrar o seu neto, filho arrancado à mãe durante as torturas desumanas» durante a ditadura.
Fonte: Famiglia Cristiana
Imagem: Natalia Deriabina/Bigstock.com
Publicado em 28.05.2020
Comentários
Enviar um comentário