O elogio das crises de fé (3/5)

Toda a crise é constituída por três andamentos. O primeiro é a separação, por vezes violenta e inesperada. A primeira imagem que temos da crise é a de um rasgão que descostura a vida.

O segundo momento é o do umbral: na crise somos colocados perante o inédito. A experiência do novo acontece de uma forma surpreendente.
A crise possibilita também a reconfiguração, uma nova compreensão, uma renovada presença no mundo e na história. A possibilidade de renascer.
É muito fácil ficarmos no primeiro passo, pensando que a crise é simplesmente a morte. A vida pode ser bela e feliz para além das nossas ilusões. Por isso a crise pode ser uma alavanca para uma maturação mais funda e paciente da existência.


Edição: Rui Jorge Martins
Imagem: digitalista/Bigstock.com
Publicado em 08.04.2020


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