A vida em estado de sítio: 22
Ora bem: neste momento, temos horas para
trabalhar. Horas para as videoconferências. Horas para ligar a RTP
Memória.
Horas para a escola comunicar com os nossos filhos. Horas para lhes "atazanarmos" a paciência, pedindo-lhes contas acerca dos trabalhos de casa que têm que fazer. Horas para nos ligarmos ao instagram. Horas para ligarmos a quem nos é especial. Horas para os concertos. Horas para aplaudirmos quem trabalha nos hospitais. Horas para os lives do Bruno Nogueira. Horas. Horas. E mais horas!
É verdade que, vendo bem, as horas para as crianças irem dormir já tiveram melhores dias. As horas para os trabalhos de casa talvez mal caibam no meio de todas as horas que já temos "contratadas". E as horas para os nossos filhos brincarem surgem quando surgem. Nuns "buraquinhos de tempo" que restam. Que não são bem horas; são aquilo que lhes conseguimos dar. As horas para namorar ficam reservadas para os primeiros 10 minutos da "nossa" série que é o melhor que conseguimos quando nos sentamos no sofá procurando, a dois, as "horas para namoro" em plena quarentena.
Mas o que devia acontecer - a ideia não é minha, mas eu perfilho-a! - é o tempo para que todos os ecrãs da nossa casa tenham direito a um Apagão como deve ser. Uma hora - pois claro - a qualquer hora do dia. Para que TODOS os écrans se desliguem. Para conversamos. Ou para estamos sós. Para gozarmos os silêncios ou para falarmos pelos cotovelos. Para nos sentimos uns aos outros. Para estarmos; uns com os outros. Sim?… E não só uns ao pé dos outros, distraídos, com os écrans. Como a Isabel me dizia: “devia ser obrigatória uma disciplina diária, o APAGÃO, e desligar toda a tecnologia”. Boa! Sem se ter aulas de ballet a olhar para um écran. E aulas de natação a mergulhar a cabeça no écran e numa bacia de água, ao mesmo tempo. Vamos adoptar este Apagão! Sem ser a uma hora convencionada. Basta que seja… “a nossa hora”. De acordo?… Há apagões que nos trazem a luz!
Horas para a escola comunicar com os nossos filhos. Horas para lhes "atazanarmos" a paciência, pedindo-lhes contas acerca dos trabalhos de casa que têm que fazer. Horas para nos ligarmos ao instagram. Horas para ligarmos a quem nos é especial. Horas para os concertos. Horas para aplaudirmos quem trabalha nos hospitais. Horas para os lives do Bruno Nogueira. Horas. Horas. E mais horas!
É verdade que, vendo bem, as horas para as crianças irem dormir já tiveram melhores dias. As horas para os trabalhos de casa talvez mal caibam no meio de todas as horas que já temos "contratadas". E as horas para os nossos filhos brincarem surgem quando surgem. Nuns "buraquinhos de tempo" que restam. Que não são bem horas; são aquilo que lhes conseguimos dar. As horas para namorar ficam reservadas para os primeiros 10 minutos da "nossa" série que é o melhor que conseguimos quando nos sentamos no sofá procurando, a dois, as "horas para namoro" em plena quarentena.
Mas o que devia acontecer - a ideia não é minha, mas eu perfilho-a! - é o tempo para que todos os ecrãs da nossa casa tenham direito a um Apagão como deve ser. Uma hora - pois claro - a qualquer hora do dia. Para que TODOS os écrans se desliguem. Para conversamos. Ou para estamos sós. Para gozarmos os silêncios ou para falarmos pelos cotovelos. Para nos sentimos uns aos outros. Para estarmos; uns com os outros. Sim?… E não só uns ao pé dos outros, distraídos, com os écrans. Como a Isabel me dizia: “devia ser obrigatória uma disciplina diária, o APAGÃO, e desligar toda a tecnologia”. Boa! Sem se ter aulas de ballet a olhar para um écran. E aulas de natação a mergulhar a cabeça no écran e numa bacia de água, ao mesmo tempo. Vamos adoptar este Apagão! Sem ser a uma hora convencionada. Basta que seja… “a nossa hora”. De acordo?… Há apagões que nos trazem a luz!
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