«Estamos habituados a pensar nos idosos como se vivessem um
tempo suplementar, como se tivessem cessado de agir na construção da
história. Deus não pensa assim», frisou hoje, em Roma, o cardeal José
Tolentino Mendonça.
Na intervenção que proferiu durante o primeiro Congresso Internacional de Pastoral dos Idosos, que decorre até sexta-feira, o biblista deu como exemplo Abraão, que aos 75 anos foi «chamado por Deus para iniciar uma nova história, quando pensava que a sua já tivesse terminado».
«Um reformado viajante, um peregrino com as mãos vazias e os olhos cheios, um homem que podia viver de rendimentos mas a quem Deus fez ver a imensidão do céu», observou sobre a figura em quem judeus, cristãos e muçulmanos reconhecem, de modo diferente, um pai na fé.
Para o arquivista e bibliotecário da Santa Sé, ser velho «é um trabalho exigente: quer dizer começar do zero e fazê-lo muitas vezes», implicando «reaprender coisas que primeiro ensinaram aos outros».
«Quer dizer fazer aquilo que fazíamos antes, mas mais devagar; fazer mais com menos, compreender o valor das migalhas, que são o nosso maior alimento. Quer dizer lutar por uma conversa com um quinto dos vocábulos, mas com olhos que falam cinquenta vezes mais», assinalou.
A Igreja precisa que os idosos se tornem «mestres convictos da fé», acentuou o cardeal, salientando que «o ser humano não precisa apenas de uma educação escolar, mas de uma transmissão vital», como a que os avós realizam para os netos.
«Vivemos submergidos em mensagens, mas incapazes de ler em profundidade a mensagem da vida», declarou perante o auditório da iniciativa que reúne 550 pessoas de mais de 60 países.
Para o primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, sem a passagem da fé entre gerações cada pessoa «conhece menos a sua identidade», pelo que a transmissão deve «integrar o ser humano numa história, fazendo-o sentir coprotagonista».
D. Tolentino recordou um provérbio africano citado pelo papa durante o sínodo sobre os jovens, em outubro de 2018: «Se na tua casa não há um ancião, compra-o, porque servir-te-á».
Na intervenção que proferiu durante o primeiro Congresso Internacional de Pastoral dos Idosos, que decorre até sexta-feira, o biblista deu como exemplo Abraão, que aos 75 anos foi «chamado por Deus para iniciar uma nova história, quando pensava que a sua já tivesse terminado».
«Um reformado viajante, um peregrino com as mãos vazias e os olhos cheios, um homem que podia viver de rendimentos mas a quem Deus fez ver a imensidão do céu», observou sobre a figura em quem judeus, cristãos e muçulmanos reconhecem, de modo diferente, um pai na fé.
Para o arquivista e bibliotecário da Santa Sé, ser velho «é um trabalho exigente: quer dizer começar do zero e fazê-lo muitas vezes», implicando «reaprender coisas que primeiro ensinaram aos outros».
«Quer dizer fazer aquilo que fazíamos antes, mas mais devagar; fazer mais com menos, compreender o valor das migalhas, que são o nosso maior alimento. Quer dizer lutar por uma conversa com um quinto dos vocábulos, mas com olhos que falam cinquenta vezes mais», assinalou.
A Igreja precisa que os idosos se tornem «mestres convictos da fé», acentuou o cardeal, salientando que «o ser humano não precisa apenas de uma educação escolar, mas de uma transmissão vital», como a que os avós realizam para os netos.
«Vivemos submergidos em mensagens, mas incapazes de ler em profundidade a mensagem da vida», declarou perante o auditório da iniciativa que reúne 550 pessoas de mais de 60 países.
Para o primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, sem a passagem da fé entre gerações cada pessoa «conhece menos a sua identidade», pelo que a transmissão deve «integrar o ser humano numa história, fazendo-o sentir coprotagonista».
D. Tolentino recordou um provérbio africano citado pelo papa durante o sínodo sobre os jovens, em outubro de 2018: «Se na tua casa não há um ancião, compra-o, porque servir-te-á».
Rui Jorge Martins
Fonte: Agência SIR, Agência SIR
Imagem: Alessandro Biascioli/Bigstock.com
Publicado em 31.01.2020
SNPC
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