Quando o coração
se volta para trás, quando segue por um caminho que não é o certo (…),
perde a orientação, perde a bússola, com que deveria avançar. E um
coração sem bússola é um perigo público, é um perigo para a pessoa e
para o outro», afirmou hoje o papa, na missa a que presidiu, no
Vaticano.
Francisco alertou para a incapacidade de escutar, selecionar e interiorizar, entre tantos estímulos auditivos, as palavras de Deus essenciais à vida, dificuldade que se constata pela existência de «muitos surdos na alma».
«Também nós, em alguns momentos, tornamo-nos surdos na alma», sublinhou o papa, que advertiu também para os «fogos de artifício» e «falsos deuses» que, ao longo do caminho da Quaresma, afastam o caminhante da itinerário rumo ao destino prometido, «a terra do encontro com Cristo ressuscitado».
Outro perigo à espreita é o esquecimento, a perda da «memória das grandes coisas» que Deus fez na vida de cada pessoa, na Igreja: «Não perder a história, a história da salvação, a história da minha vida, a história de Jesus comigo».
«O bem-estar, inclusive o bem-estar espiritual, tem este perigo: o de cair numa certa amnésia, numa falta de memória: estou bem assim e esqueço aquilo que o Senhor fez na minha vida, todas as graças que me deu, e acredito que são méritos meus, e sigo assim por diante. E aí, o coração começa a andar para trás, porque não escuta a voz do próprio coração: a memória. A graça da memória», apontou.
«No início da Quaresma, fará bem a todos pedir a graça de guardar a memória, guardar a memória de tudo o que o Senhor fez na minha vida: como me quis bem, como me amou. E dessa recordação, continuar a avançar. E far-nos-á também bem repetir continuamente o conselho de Paulo a Timóteo, o seu amado discípulo: “Recorda-te de Jesus Cristo ressuscitado dos mortos”», declarou o papa.
Rui Jorge Martins
Fonte: Vatican News
Imagem: Nordicstocks/Bigstock.com
Publicado em 07.03.2019
SNPC
Francisco alertou para a incapacidade de escutar, selecionar e interiorizar, entre tantos estímulos auditivos, as palavras de Deus essenciais à vida, dificuldade que se constata pela existência de «muitos surdos na alma».
«Também nós, em alguns momentos, tornamo-nos surdos na alma», sublinhou o papa, que advertiu também para os «fogos de artifício» e «falsos deuses» que, ao longo do caminho da Quaresma, afastam o caminhante da itinerário rumo ao destino prometido, «a terra do encontro com Cristo ressuscitado».
Outro perigo à espreita é o esquecimento, a perda da «memória das grandes coisas» que Deus fez na vida de cada pessoa, na Igreja: «Não perder a história, a história da salvação, a história da minha vida, a história de Jesus comigo».
«O bem-estar, inclusive o bem-estar espiritual, tem este perigo: o de cair numa certa amnésia, numa falta de memória: estou bem assim e esqueço aquilo que o Senhor fez na minha vida, todas as graças que me deu, e acredito que são méritos meus, e sigo assim por diante. E aí, o coração começa a andar para trás, porque não escuta a voz do próprio coração: a memória. A graça da memória», apontou.
«No início da Quaresma, fará bem a todos pedir a graça de guardar a memória, guardar a memória de tudo o que o Senhor fez na minha vida: como me quis bem, como me amou. E dessa recordação, continuar a avançar. E far-nos-á também bem repetir continuamente o conselho de Paulo a Timóteo, o seu amado discípulo: “Recorda-te de Jesus Cristo ressuscitado dos mortos”», declarou o papa.
Rui Jorge Martins
Fonte: Vatican News
Imagem: Nordicstocks/Bigstock.com
Publicado em 07.03.2019
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