XIV Jornada da Família “SEPARAÇÕES – RECONCILIAÇÃO E LUTO


São muitas as formas de separação na família... Umas inevitáveis, outras sem retorno, outras ainda a pedir a cura e a reconciliação. A morte, a doença, o divórcio, a homossexualidade, a violência doméstica, a migração... tudo isto são acontecimentos do quotidiano, que trazem por si mesmos separações, rupturas, divisões... E tudo isto é vida!

Na Exortação Apostólica Amoris laetitiae o Papa Francisco afirma: “A história duma família está marcada por crises de todo o género, que são parte também da sua dramática beleza. É preciso ajudar a descobrir que uma crise superada não leva a uma relação menos intensa, mas a melhorar, sedimentar e maturar o vinho da união.” (AL 232).
Perguntemo-nos, então: será possível uma vida plena, pacificada e feliz no meio de tantas situações e realidades de dor e sofrimento, de crise!?
Que caminho percorrer para uma vida vivida na serenidade e na plenitude, não obstante os acontecimentos que trazem sentimentos de revolta, desespero e amargura!?
E em que medida a família é o porto de abrigo para o qual corremos e onde, apesar de tudo, nos sentimos seguros!?
Na verdade, o tema que nos propomos refletir não se centra apenas numa única direção mas precisa de um olhar solícito e multifocal. São muitas as formas de separação pelas quais a família passa.
Como curar as feridas destas múltiplas separações!? Como as superar!?
Em caso de situações difíceis, como a morte de um filho, a doença grave de uma mãe jovem, o que fazer para cuidar das pessoas que passam por isto!? Como viver e fazer o luto em família!? Como fazer caminho de esperança face a acontecimentos tão emocionalmente violentos!?
E quando os conflitos contínuos entre esposos conduzem à violência, à agressão, ao divórcio, que caminho fazer!? Haverá alguma proposta que permita superar estes conflitos e ajudar os casais a encontrar uma via de entendimento e de vivificar o amor primeiro que um dia os fez entregarem-se para toda a vida!? Será possível que o adágio “entre marido e mulher, ninguém ponha a colher” ainda faz sentido!? Qual a nossa responsabilidade na construção de famílias saudáveis!?
Segundo o papa Francisco “a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença.”
A via da reconciliação dialogante não é de todo um caminho a desprezar ou a descuidar. Pelo contrário, na relação entre esposos ou mesmo na relação entre pais e filhos, ou outras onde os conflitos são permanentes, é uma realidade a potenciar e a cultivar.
Cada pessoa é única e portanto também cada família é única. Cada um e cada família vive todas estes acontecimentos à sua maneira. Muitas vezes à deriva e sem vislumbrar nenhuma esperança em cada situação.
A Igreja poderá ajudar!? Se a Igreja não pode ajudar é porque perdeu o maior de todos os dons: ser no meio destas situações sinal de esperança.
Por isso, esta Jornada da Família apresenta-se como lugar de partilha da proposta cristã que ajude a potenciar uma ação pastoral mais assertiva e mais voltada para os problemas concretos que as famílias vivem nos dias de hoje.
Neste tempo de mudanças profundas, que afectam a família, gostaríamos de ser luz e sinal de esperança para todos os que vivem o drama de todas as formas de separação e não sabem como as superar. 

Podem inscrever-se aqui: XIV Jornada da Família

P'las Equipas de pastoral Familiar das paróquias de Sto Adrião e de Brufe

Comentários