O papa afirmou hoje que perante o «cansaço existencial» que
caracteriza as «sociedades tecnocráticas», uma das «responsabilidades
mais importantes» das pessoas que assumem funções sociais, políticas,
educacionais ou religiosas é tornarem-se «artesãos de vínculos».
«É preciso lembrar com insistência que o bem-estar nem sempre é sinónimo de viver bem», observou Francisco em Talinn, capital da Estónia, terceiro e último estado báltico que visita desde sábado, depois da Lituânia e Letónia, por ocasião do centenário das suas independências.
Perante a presidente da República do país, autoridades da sociedade civil e corpo diplomático, o papa frisou que as sociedades ocidentais são muitas vezes marcadas pela «perda do sentido da vida, a perda da alegria de viver e, consequentemente, um lento e silencioso amortecimento da capacidade de maravilhar-se».
«Colocar toda a confiança no progresso tecnológico como o único meio possível de desenvolvimento pode causar a perda da capacidade de criar vínculos interpessoais, intergeracionais e interculturais», apontou.
Trata-se, especificou Francisco, de proteger o «tecido vital que é tão importante para nos sentirmos parte um do outro e participantes dum projeto comum no sentido mais amplo da palavra».
«É preciso lembrar com insistência que o bem-estar nem sempre é sinónimo de viver bem», observou Francisco em Talinn, capital da Estónia, terceiro e último estado báltico que visita desde sábado, depois da Lituânia e Letónia, por ocasião do centenário das suas independências.
Perante a presidente da República do país, autoridades da sociedade civil e corpo diplomático, o papa frisou que as sociedades ocidentais são muitas vezes marcadas pela «perda do sentido da vida, a perda da alegria de viver e, consequentemente, um lento e silencioso amortecimento da capacidade de maravilhar-se».
«Colocar toda a confiança no progresso tecnológico como o único meio possível de desenvolvimento pode causar a perda da capacidade de criar vínculos interpessoais, intergeracionais e interculturais», apontou.
Trata-se, especificou Francisco, de proteger o «tecido vital que é tão importante para nos sentirmos parte um do outro e participantes dum projeto comum no sentido mais amplo da palavra».
É preciso criar «laços de integração entre as gerações e as diferentes
comunidades que o compõem», ao mesmo tempo que se rompem «as espirais
que obscurecem os sentidos» e que causam o afastamento «uns dos outros»
No entender do papa, «não há alienação pior do que experimentar que não se tem raízes, não se pertence a ninguém», e por isso «um povo dará frutos e será capaz de gerar o amanhã apenas na medida em que dá vida a relações de pertença entre os seus membros».
Por isso, é preciso criar «laços de integração entre as gerações e as diferentes comunidades que o compõem», ao mesmo tempo que se rompem «as espirais que obscurecem os sentidos» e que causam o afastamento «uns dos outros».
«Neste esforço, queridos amigos, quero garantir-vos que podem contar sempre com o apoio e a ajuda da Igreja Católica, uma pequena comunidade entre vós, mas com tanta vontade de contribuir para a fecundidade desta terra», assinalou Francisco.
O itinerário do papa nesta 25.ª viagem apostólica passou pela Lituânia, de maioria católica, à Letónia, onde metade da população se declara não crente, terminando na Estónia, nação com 70% de pessoas que não professam qualquer fé.
O programa do último dia da viagem prevê um encontro ecuménico com jovens, bem como com beneficiários de instituições de solidariedade da Igreja católica, antes da celebração da missa, sempre em Talinn, que antecede o regresso ao Vaticano.
Rui Jorge Martins
Fontes: Sala de Imprensa da Santa Sé
Imagem: Your_photo/Bigstock.com
Publicado em 25.09.2018
SNPC
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