A
harmonia será tão mais bela quanto maior for a diversidade dos tons que
a compõem. O equilíbrio não se consegue através da uniformidade. A
riqueza da vida depende também das diferentes formas com que se
apresenta.
O amor é o encontro de mundos distintos. Pessoas de diferentes origens são capazes de, com verdadeiro amor, fazer grandes e belas obras. As nossas duas mãos são diferentes e isso é muito bom. Também o caminhar se consegue pelo facto de termos duas pernas diferentes que se completam.
A paz resulta de uma decisão de viver e conviver com o desigual, fazendo dessa diferença algo que enriquece. Que alegria haveria em descobrir o outro se fossemos todos iguais? O que aprenderíamos? Como cresceríamos? O que de valioso teríamos nós para dar à vida do outro? Apenas mais do mesmo?
O amor começa com a aceitação, há que ver e receber o outro como ele é, não ignorando ou disfarçando as diferenças. Depois, fazer caminho, perceber, ceder e aprender. Explorar os melhores lugares nas margens de onde se pode construir pontes. E aceitar, aceitar, aceitar. Negar ou tentar mudar o que é diferente não é possível.
Se conheço alguém diferente, devo aprender o que ele traz de novo à minha vida. Devo também buscar em mim se tenho ou sou algo que seja enriquecedor para ele… e dá-lo.
O amor não é um arrebatamento involuntário no qual somos envolvidos e condenados. Não. É uma construção demorada e dura que se ergue a partir de pilares distantes, num esforço contínuo de chegar a ser parte de algo maior do que nós.
Amar implica sacrifícios e guerras permanentes. Ao nosso egoísmo mais íntimo e natural. Ao orgulho de julgarmos que somos melhores do que o outro. Mas não somos, nunca, ainda que sejamos donos de todo o ouro do mundo.
Não somos o que temos, somos o que decidimos fazer com o que temos.
Somos partes de um todo. Nenhum de nós se basta a si mesmo, nem é a razão da sua própria existência. Devemos procurar as pessoas que podemos completar, aqueles para quem os nossos dons pessoais – que nos parecem naturais – têm o sentido de dons divinos.
Por vezes a guerra e a paz confrontam-se no nosso coração. Quem triunfa? Porquê?
A paz, base essencial do amor, é uma guerra à guerra.
Por José Luís Nunes Martins
RENASCENÇA
O amor é o encontro de mundos distintos. Pessoas de diferentes origens são capazes de, com verdadeiro amor, fazer grandes e belas obras. As nossas duas mãos são diferentes e isso é muito bom. Também o caminhar se consegue pelo facto de termos duas pernas diferentes que se completam.
A paz resulta de uma decisão de viver e conviver com o desigual, fazendo dessa diferença algo que enriquece. Que alegria haveria em descobrir o outro se fossemos todos iguais? O que aprenderíamos? Como cresceríamos? O que de valioso teríamos nós para dar à vida do outro? Apenas mais do mesmo?
O amor começa com a aceitação, há que ver e receber o outro como ele é, não ignorando ou disfarçando as diferenças. Depois, fazer caminho, perceber, ceder e aprender. Explorar os melhores lugares nas margens de onde se pode construir pontes. E aceitar, aceitar, aceitar. Negar ou tentar mudar o que é diferente não é possível.
Se conheço alguém diferente, devo aprender o que ele traz de novo à minha vida. Devo também buscar em mim se tenho ou sou algo que seja enriquecedor para ele… e dá-lo.
O amor não é um arrebatamento involuntário no qual somos envolvidos e condenados. Não. É uma construção demorada e dura que se ergue a partir de pilares distantes, num esforço contínuo de chegar a ser parte de algo maior do que nós.
Amar implica sacrifícios e guerras permanentes. Ao nosso egoísmo mais íntimo e natural. Ao orgulho de julgarmos que somos melhores do que o outro. Mas não somos, nunca, ainda que sejamos donos de todo o ouro do mundo.
Não somos o que temos, somos o que decidimos fazer com o que temos.
Somos partes de um todo. Nenhum de nós se basta a si mesmo, nem é a razão da sua própria existência. Devemos procurar as pessoas que podemos completar, aqueles para quem os nossos dons pessoais – que nos parecem naturais – têm o sentido de dons divinos.
Por vezes a guerra e a paz confrontam-se no nosso coração. Quem triunfa? Porquê?
A paz, base essencial do amor, é uma guerra à guerra.
Por José Luís Nunes Martins
RENASCENÇA
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