A quem é reduzido à impotência por uma
doença irreversível ou por um imprevisto declínio da saúde e que, por
isso mesmo, se coloca a pergunta sobre “o que estou eu a fazer nesta
terra”, qual a resposta que melhor pode ajudar? Diante de quem sofre, a
atitude mais justa parece-me que seria a do silêncio. No entanto, o
silêncio também pode ser entendido como sinal de hesitação, ou como
tentativa de transferência do problema. Por isso, há que falar, embora
com pudor, talvez pedindo desculpa por
alguma palavra a mais. Falar com a consciência de que quando se sofre, é
difícil fazer da necessidade virtude, se não sobrevém uma força do
Alto. Falar sem discursos consolatórios, ajudando humildemente a superar
a tentação da apatia e a suportar toda a tristeza, e se possível fazer
sempre da nossa dúvida uma pergunta, um canto, uma esperança e uma prece
a Deus.
(LDO)
(LDO)
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