“Senta-te
aqui comigo! Vamos conversar sobre a nossa vida...” Disse o amado à sua amada! Ela
sentou-se curiosa. E percebendo que ele a olhava como nunca, estendeu um sorriso
largo, de abertura ao que dissesse. “Sabes o que é que eu mais gostava!? Sabes
qual é meu sonho!?”
– perguntou o João com ar vislumbrado. “Não imagino!” –
disse a Maria – “Mas estou muito curiosa!”
E o namorado
continuou: “Desejo construir uma cidade!”
“Uma
cidade!? Como pode ser isso!?” – interrompeu ela! Mas o rapaz, apaixonado, sonhador, pensando
nos meio, nos detalhes, no seu objectivo, continuou: “Sim, uma cidade como
nenhuma outra!! Será a cidade mais amada, mais cuidada... Nessa cidade haverá
um palácio. E à volta do palácio se construirão outros palácios, outras
casas... Sabes Maria, tudo na vida começa por um sonho! Como eu gostava que
fizesses parte deste meu sonho! Não importa o tamanho que o sonho tem! Importa
que tu o sonhes comigo! Vamos sonhar juntos!? Vamos construir esta cidade!?”
Maria
ficou inquieta com tudo o que João estava a dizer. De que estava ele a falar!?
O que lhe estava a querer dizer!? Fitando o olhar do João, Maria com ar doce e carinhoso,
pensativa nas palavras mas generosa na atitude, disse: “Vamos! Claro que vamos
construir uma cidade! Vamos construir essa cidade até sermos velhinhos!!”
Então,
o João com os seus olhos a brilhar, disse à sua amada: “Maria, a cidade que
vamos construir é a nossa família. Eu e tu somos o palácio. Os nossos filhos e
os filhos dos nossos filhos serão os outros palácios, as outras casas... Não
haverá cidade mais bonita que esta... Outras famílias virão até ela e vão
desejar viver nesta cidade... ou então vão construir outras cidades semelhantes...”.
E Maria
e João, sentados, em diálogo, continuavam a sonhar com a sua cidade. Não
faltaram os “ses” e os “nãos”, as dúvidas e as incertezas...
Esta conversa,
todavia, não era para terminar ali. Ela continuou vida fora...
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