Família: um projecto de vida - XIII Jornada da Família


“Senta-te aqui comigo! Vamos conversar sobre a nossa vida...” Disse o amado à sua amada! Ela sentou-se curiosa. E percebendo que ele a olhava como nunca, estendeu um sorriso largo, de abertura ao que dissesse. “Sabes o que é que eu mais gostava!? Sabes qual é meu sonho!?”
– perguntou o João com ar vislumbrado. “Não imagino!” – disse a Maria – “Mas estou muito curiosa!”
E o namorado continuou: “Desejo construir uma cidade!”
“Uma cidade!? Como pode ser isso!?” – interrompeu ela!  Mas o rapaz, apaixonado, sonhador, pensando nos meio, nos detalhes, no seu objectivo, continuou: “Sim, uma cidade como nenhuma outra!! Será a cidade mais amada, mais cuidada... Nessa cidade haverá um palácio. E à volta do palácio se construirão outros palácios, outras casas... Sabes Maria, tudo na vida começa por um sonho! Como eu gostava que fizesses parte deste meu sonho! Não importa o tamanho que o sonho tem! Importa que tu o sonhes comigo! Vamos sonhar juntos!? Vamos construir esta cidade!?”
Maria ficou inquieta com tudo o que João estava a dizer. De que estava ele a falar!? O que lhe estava a querer dizer!? Fitando o olhar do João, Maria com ar doce e carinhoso, pensativa nas palavras mas generosa na atitude, disse: “Vamos! Claro que vamos construir uma cidade! Vamos construir essa cidade até sermos velhinhos!!”
Então, o João com os seus olhos a brilhar, disse à sua amada: “Maria a cidade que vamos construir é a nossa família. Eu e tu somos o palácio. Os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos serão os outros palácios, as outras casas... Não haverá cidade mais bonita que esta... Outras famílias virão até ela e vão desejar viver nesta cidade... ou então vão construir outras cidades semelhantes...”.
E Maria e João, sentados, em diálogo, continuavam a sonhar com a sua cidade. Não faltaram os “ses” e os “nãos”, as dúvidas e as incertezas... Esta conversa, todavia, não era para terminar ali. Ela continuou vida fora...

Quando se sonha, os projectos parecem sempre inacabados, imperfeitos... Eles, porém, permanecem em construção... A este respeito coloquemo-nos sobre aviso:

“Lentamente morre quem abandona um projeto antes de o iniciar, quem não faz perguntas sobre temas que não conhece, que não responde quando lhe perguntam alguma coisa que conhece. Evitemos a morte em pequenas doses, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples facto de respirar.»

A família é o grande e arrojado projecto da humanidade. Este projecto prolonga-se no nosso tempo e entra na nossa história: “Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimónio «o desejo de família permanece vivo, especialmente entre os jovens, e isto incentiva a Igreja». (cf AL 1).

A Igreja movida por este desejo, vive inquieta com os seus filhos e quer ser proposta e caminho para todos os jovens e adultos.

A XIII Jornada da Família quer ser essa oportunidade para que a Igreja diga qual é o seu projecto para a família, como a integra no seu pensar e agir, para fazer da família o verdadeiro sujeito da ação pastoral e para testemunhar que «o anúncio cristão sobre a família é verdadeiramente uma boa notícia»” (cf AL 1).
Acompanham-nos os desafios da Exortação Apostólica Amoris Laetitiae, do Papa Francisco, assim como a carta pastoral “Construir a casa sobre a rocha” do nosso Arcebispo, D. Jorge Ortiga.

Como nos anos passados, as equipas de Pastoral Familiar de Santo Adrião e de São Martinho de Brufe organizam esta XIII Jornada da Família, no dia 3 de Fevereiro, das 14h30 às 19h, no Centro pastoral de Santo Adrião de Vila Nova de Famalicão. Este ano contamos com a presença do P.e Rui Alberto, Salesiano, para nos falar sobre: “FAMÍLIA – UM PROJECTO DE VIDA”.
A entrada é livre e destina-se a todos o homem ou mulher de boa vontade.

Equipas Paroquiais de Pastoral Familiar de São Martinho de Brufe e de Santo Adrião de Vila Nova de Famalicão

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