Cada um de nós deve analisar-se, de forma
delicada e bondosa. Compreendendo que a existência não é composta apenas
de bons momentos, e que a alegria e a paz dependem muito mais do nosso
coração do que dos contextos em que vivemos.
Por mais informação que se tenha, isso não significa que se
construa conhecimento, da mesma forma que muitos conhecimentos não
constituem sabedoria.
A sabedoria é a ponderação e o discernimento de saber o que
fazer, e o que evitar, em que tempo e de que modo. Adquire-se através de
uma reflexão profunda e demorada sobre a existência, onde se vai
conseguindo identificar o essencial por detrás das aparências.
Quanto mais sábios nos tornamos de menos coisas vamos
precisando. Uma renúncia ao superficial com que tantas vezes tentamos
preencher os vazios que sentimos em nós mesmos.
Há silêncios bons, aqueles em que com paciência esperamos as respostas; e os outros, ainda melhores, em que as encontramos...
Trabalhar mais não significa alcançar melhores resultados, mas fazê-lo bem, isso sim, aumenta a qualidade dos frutos.
A vida vacila, em constante desequilíbrio, em todos quantos
se julgam apenas no direito de exigir, mas ergue-se e eleva-se naqueles
que reconhecem as suas obrigações para consigo mesmos e para com o
outro, sem condições. Admirando e agradecendo esta liberdade e esta
responsabilidade.
Cada um de nós deve analisar-se, de forma delicada e
bondosa. Compreendendo que a existência não é composta apenas de bons
momentos, e que a alegria e a paz dependem muito mais do nosso coração
do que dos contextos em que vivemos.
Mais do que saber fazer, importa que nos empenhemos em saber ser e viver. De forma calma e gradual.
Há uma melodia em cada dia. A vida é uma grandiosa sinfonia
que devemos ir escrevendo, tocando e aperfeiçoando. Não importa tanto
como começa, mas se nos está (ou não) a levar para onde queremos ir.
José Luís Nunes Martins
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