No dia em que a Igreja recorda São Joaquim e Santa Ana
“Quanto
são importantes os avós na vida da família para comunicar o património
de humanidade e fé essencial para cada sociedade!”.
Com o tweet publicado esta quarta-feira, 26 de julho, dia em que a
Igreja recorda São Joaquim e Santa Ana, o Papa Francisco enfatiza mais
uma vez o papel desempenhado pelos avós no seio da família e da
sociedade, também na transmissão da fé.
Desde o início de seu Pontificado, Francisco insiste na importância
deste “arco da vida” que liga a infância e juventude – repletas de
ímpetos de mudança – com a velhice, cheia de sabedoria.
Não faltaram iniciativas nestes anos como o Dia dos Idosos, realizado
na Praça São Pedro em 2014, assim como a série de catequeses a eles
dedicadas.
Na Audiência Geral de 11 de março de 2015, Francisco falou que a velhice é uma vocação:
“A velhice é uma vocação. Não é ainda o momento de “tirar os remos do
barco”. Este período da vida é diferente dos precedentes, não há
dúvida; devemos também “criá-lo” um pouco, porque as nossas sociedades
não estão prontas, espiritualmente e moralmente, para dar a isso, a esse
momento da vida, o seu pleno valor. Uma vez, de fato, não era assim
normal ter tempo à disposição; hoje é muito mais. E mesmo a
espiritualidade cristã foi pega um pouco de surpresa e se trata de
delinear uma espiritualidade das pessoas idosas. Mas graças a Deus não
faltam os testemunhos de santos e santas idosos!”
Na mesma ocasião, o Papa exortou os avós a seguirem os passos de
Simeão e Santa Ana, dois “anciãos extraordinários”, acrescentando:
“Tornemo-nos também nós um pouco poetas da oração: tomemos gosto por
procurar palavras nossas, reapropriemo-nos daquelas que a Palavra de
Deus nos ensina. É um grande dom para a Igreja, a oração dos avós e dos
idosos! A oração dos idosos e dos avós é um dom para a Igreja, é uma
riqueza! Uma grande injeção de sabedoria também para toda a sociedade
humana: sobretudo para aquela que está muito ocupada, muito presa, muito
distraída. Alguém deve, então, cantar, também para eles, cantar os
sinais de Deus, proclamar os sinais de Deus, rezar por eles!”
Não poucas vezes, especialmente nas homilias das Missas na Casa Santa
Marta, Bergoglio recordou de sua avó, uma pessoa fundamental para a sua
vida de fé e familiar.
“As palavras dos avós têm algo de especial para os jovens. E eles
sabem disso. As palavras que a minha vó me entregou por escrito, no dia
de minha ordenação sacerdotal, eu as levo ainda comigo, sempre, no
breviário, e as leio e me faz bem”.
“Aos avós que receberam a bênção de verem os netos – disse o Papa em
outra ocasião – foi confiada a tarefa de transmitir a experiência de
vida, a história da família e partilhar com simplicidade a sabedoria e a
fé, que é a herança mais preciosa”. “Bem-aventuradas as famílias que
têm os avós próximos! O avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes”.
Ao celebrar os 25 anos de ordenação episcopal com uma missa
concelebrada com os Cardeais na Capela Paulina no Vaticano em 27 de
junho, o Papa ressaltava que “não somos gerontes, somos avôs… (…) Avôs
para quais os netos olham e esperam de nós a experiência sobre o sentido
da vida. Avôs não fechados…(…) Somos avôs chamados a sonhar e dar o
nosso sonho à juventude de hoje, que necessita disso, porque tirarão dos
nossos sonhos a força para profetizar e levar avante a sua missão.”
Assim, neste Dia dos Avós, podemos refletir sobre outra frase tão
repetida por Francisco: “Um povo que não respeita os avós é um povo sem
memória, e consequentemente sem futuro”.
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