Para ser valioso é preciso ser útil. Muitos pensam que o
seu valor depende do que têm, da sua carreira ou da posição social que ocupam.
A liberdade individual
deve ser respeitada. Mas por mais irresponsável que alguém seja, cabe sempre a
cada um arcar com as consequências das suas escolhas.
A família ou uma carreira?
Para muitos não há opção. Alguns não têm família, outros estão desempregados. A
maior parte tem de conjugar as duas, mas a verdade é que, desde há alguns anos,
só em casos raros e passageiros se consegue um perfeito equilíbrio.
Família e carreira exigem
tudo, cada uma para si, sem concederem grande espaço à outra. Trata-se de uma
dupla exclusividade que é, por si só, um paradoxo: a simples coexistência da
família e de uma carreira é já motivo de uma escolha impossível, porque a
inevitável tentativa de conciliação é sinónimo de um duplo fracasso.
Quem trabalha e tem uma
família vive com sacrifícios permanentes e culpas duradouras.
Outros têm uma família com
vários problemas, que se agravam por falta de tempo ou atenção para cuidar
deles. Tudo piora e torna-se cada vez mais cómodo estar longe… e piora ainda
mais…
Para ser valioso é preciso
ser útil. Muitos pensam que o seu valor depende do que têm, da sua carreira ou
da posição social que ocupam. A esmagadora maioria de nós defende que nada há
mais importante do que a família, porém depois apenas nos empenhamos a nível
profissional, deixando a família para os tempos livres… ou, de forma ainda mais
simples: para depois.
Talvez importe que cada um
de nós pense bem na sua vida e nos objetivos a que se propõe, sem ingenuidades.
A carreira é importante, mas apenas e só enquanto instrumento ao serviço de um
outro fim.
A família exige tudo,
quase sempre em troca de nada… mas só aí se pode ser feliz.
(ilustração
de Carlos Ribeiro)
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