Não esperes por aquilo pelo qual podes lutar.
Por vezes, a esperança degenera em simples preguiça, deixando
de nos fazer trabalhar pelo que desejamos, suportando as adversidades,
tomando-as como testes à nossa identidade – que também nós queremos conhecer –
fazendo dessas contrariedades degraus que nos permitem chegar mais alto.
O universo não se vai ajoelhar e servir a tua vontade, por mais firme que
ela seja, nunca... mas pode colaborar com os teus sonhos, em virtude das obras
de que fores capaz. E ainda bem que é assim!
Não esperes pelos outros. Cada um tem as suas lutas, as suas armas e as
suas guerras, as suas virtudes e as suas desgraças. Enquanto puderes lutar, não
peças ou esperes que outros o façam por ti. Quando não... pede ajuda.
Não desesperes. Quase sempre a chave que abre a porta é uma das últimas...
A única altura em que não se pode falhar é quando se tenta pela última vez.
Mas ninguém saberá, com certeza, qual é. Alguns julgam que já acabaram, mas
ainda nem a meio chegaram. Outros julgam que ainda terão muitas mais
oportunidades, mas a última já foi... sem que sequer tenham dado conta disso,
e, quando dão, já é demasiado tarde.
Basta que vençamos uma guerra para que tudo faça sentido. Mas, para
garantir que conseguimos vencer uma, devemos lutar em muitas, muitas. Um
sucesso vale os 100 fracassos que pode custar… e é só no momento do sucesso que
se percebe que os fracassos, afinal, não foram fracassos.
Todos temos forças que ignoramos. Só as conseguimos pressentir depois de
termos usado, até perto do limite, as forças que sabemos que temos... e, assim,
um novo horizonte surge, quando chegamos ao ponto que antes marcava a fronteira
entre o céu e a terra. Sempre.
Quando caíres, não te permitas ficar no chão muito tempo. Lembra-te que sem
fracassos não chegas lá.
(ilustração de Carlos Ribeiro)
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