«Alguns homens parecem viver no tempo das cavernas», Igreja tem de prevenir violência contra mulheres
O presidente do Conselho Pontifício da Cultura mostrou-se hoje
convicto de que «o único verdadeiro instrumento de prevenção da
violência, em geral e especificamente contra as mulheres, é a educação, e
essa é um grande tarefa para a escola e para a Igreja».
As declarações do cardeal italiano Gianfranco Ravasi foram
proferidas na sequência do encontro “Prepotência e medo. A dignidade da
mulher contra a violência”, que decorre hoje em Roma, co-organizado
pelo departamento da Santa Sé que dirige e dirigido a estudantes dos
últimos anos do ensino superior.
«As religiões que no passado foram instrumentos de guerra e
oposição, agora, pelo menos na sua alma autêntica, são a única semente
depositada neste terreno tão cheio de discórdia. Pensemos no que o papa
Francisco está a fazer nessa direção», afirmou.
O papa, prosseguiu o biblista, «sublinha continuamente a
importância de respeitar e valorizar a mulher. Convida a atitudes de
misericórdia e compreensão nas relações. Mesmo perante os erros do
outro, não se pode irromper contra ele com a violência da reação
instintiva».
Essa evolução, todavia, «ainda não se deu integralmente, e alguns
homens parecem permanecer no tempo das cavernas», frisou o prelado.
No folheto do encontro sobre a dignidade da mulher contra a
violência, realizado no âmbito do Átrio dos Gentios, plataforma da Santa
Sé para o diálogo entre crentes e não crentes, encontra-se a oração
pelos jovens vítimas de violência que Francisco proferiu a 12 de março.
«Peço-vos que rezeis comigo por todas as raparigas e jovens
vítimas de violências, de maus-tratos, de exploração e de guerras. Esta é
uma chaga, este é um grito abafado que deve ser ouvido por todos nós e
que não podemos continuar a fingir que não vemos nem ouvimos», apelou o
papa.
SNPC
Fonte: SIR
Publicado em 31.03.2017
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