A liberdade não decide o bem e o mal


A vida é feita de escolhas que nos definem. A liberdade humana é tão radical que, partindo da nossa natureza, deixa tudo o mais em aberto.


Sermos simpáticos ou antipáticos é uma decisão nossa, que se vai construindo em função das sucessivas escolhas que fazemos nesse sentido. É porque decido sorrir na maior parte das situações que me torno sorridente, o que faz de mim alguém simpático.

Contudo, só é livre quem for capaz de responder sobre a razão que determinou as suas escolhas. Um não sei nunca é uma resposta séria. A independência é uma condição necessária da liberdade, mas não é condição suficiente. Há muita gente que é independente, mas não é livre, porque lhes falta um compromisso interior que defina o seu rumo, enfrentando todas as condições que os empurram, de forma mais ou menos subtil, para outros destinos.

Ser livre não é ser revoltado, é, antes sim, estabelecer e cumprir regras para si mesmo.

A obediência pode ser um sinal claro de uma liberdade maior. Decidir é exercer a liberdade. Decidir obedecer, se for intencional (unindo consciência e vontade), é levar a liberdade ao limite do infinito!

A liberdade é uma lucidez. Não vive de ilusões. Cria as condições concretas para o sucesso da sua vida.

Ninguém pode decidir o que é o bem ou o mal, nem onde fica a fronteira que os separa. O bem é bem, mesmo que muitos julguem que não. A bondade e a maldade são independentes do que possamos julgar a seu respeito.

Dia a dia, passo a passo, momento a momento… devemos cultivar a sabedoria que coloca o amor como finalidade da existência.

José Luís Nunes Martins
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