A minha experiência como
pai é a melhor experiência que vivi até hoje. Ter filhos sempre fez parte dos
meus objetivos e do nosso projeto de vida como família. Quando peguei em cada
um dos meus filhos, o João e o Pedro, pela primeira vez, no meu colo, senti
“tornar-me pai”. Senti-me completo e ao mesmo tempo incompleto! Cada um destes sentimentos
iniciaram-me na experiência de “crescer”, de entrega, de proteção e de ser um
bom pai. Esta é para mim a experiência mais marcante, exigente, plena,
responsável, grandiosa, de constante construção e eterna. É assim que me vejo
como pai!
Nela vivo todos os
dias a sensação de uma certa insegurança, de receio de falhar perante os meus
filhos, de não poder ser exemplo, de não os conseguir proteger, sempre com
preocupação de os ver bem, de procurar impor limites e de dar carinho, de
transmitir valores e de os saber educar…Na realidade, identifico na minha
dedicação e no amor que tenho aos meus filhos, na missão de ser pai e de formar
família, a grandiosa experiência do amor incondicional. E eu não percebo muito
destas coisas…mas sinto-me eternamente responsável e ligado aos meus filhos.
Amo-os de coração e agradeço a Deus este dom!
Identifico os nossos
melhores momentos como os momentos de maior crescimento, os momentos de lazer,
de brincadeira, de descontração, de meiguice, bem como, os momentos das
primeiras palavras e dos primeiros passos de cada um deles… As suas expressões mais
caricatas e impensáveis… Os momentos de sucesso, de vitória e de felicidade,
mas também, os momentos de maior tristeza, de derrota, de falha e também
superação e de perdão…
Torna-me pai, fez-me
perceber, que os meus filhos precisam de mim, tal como sou, com as minhas
falhas, com os meus limites, com a minha simplicidade, com a minha coerência, …
Torna-me pai, fez-me
reconhecer, que eles também precisam dos pais, ou seja, da mãe e do pai, da
nossa família, do nosso exemplo, da nossa presença, da nossa entrega e da nossa
verdade.
Tornar-me pai,
ensinou-me, simultaneamente, a ser filho e a ser marido. Ensinou-me a
aceitar-me e aceitar o outro, a ser uma pessoa melhor, a aceitar os meus erros
e a crescer com eles!
Sei que a minha
experiência de pai está sempre a renovar-se e a aperfeiçoar-se, porque me
implica, todo os dias, a ser exemplo e a “tornar-me pai”.
Adao Manuel Rocha -
Equipa da Pastoral
Familiar Arciprestal de V. N. Famalicão
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