Buysile
Patronella Nkosi e Meshack Jabulani Nkosi Membros do Comitê Consultivo para o
Escritório Nacional da Família da Conferência Episcopal dos Bispos da África do
Sul
Meu nome é
Jabu Nkosi e esta é a minha esposa, Buyi. Estamos casados há apenas 35 anos e
somos abençoados com cinco filhos e oito netos. Três dos nossos filhos são
casados na Igreja, todos eles com cônjuges não católicos e estão caminhando por
duas fés, mas com um único amor. Um dos nossos genros e a nossa nora querem se
tornar católicos e estamos ansiosos pela Páscoa de 2016, quando os acolheremos
na família católica como membros plenos.
Nos últimos
33 anos, acompanhamos muitos jovens com quem compartilhamos a nossa experiência
de vida, a palavra de Deus e os ensinamentos da Igreja, dando-lhes uma
oportunidade para fazerem escolhas para as suas vidas. Transmitimos a Boa Nova
do amor de Deus por nós através do seu filho Jesus Cristo, e nós, na nossa
vida, todos os dias, através da graça de Deus, tentamos nos tornar uma boa
notícia um para o outro, para os casais jovens e para o mundo. Isso tem sido
possível deixando que a Palavra de Deus, o próprio Cristo, seja a nossa
bússola.
Nós temos e
tivemos os nossos inúmeros desafios, por talvez não vermos as coisas da mesma
maneira ou por ferirmos um ao outro de uma forma ou outra, mas a nossa redenção
sempre foi tentar ser humilde o suficiente para dizer "desculpe",
assim como as palavras do Santo Padre, "desculpa, obrigado e com
licença", são palavras indispensáveis se queremos viver em paz e harmonia
na nossa família.
É importante
lembrar de dizer "eu te amo" um para o outro e para as crianças. O
Papa Bento XVI, na sua encíclica Caritas in veritate, enfatiza a importância do
amor como o princípio da vida em sociedade, o lugar onde a pessoa aprende o bem
comum, já que a família é o primeiro lugar onde uma nova pessoa aprende a amar,
perdoar, experimenta o perdão e a compartilhar sobre Deus e a Igreja, assim
como a família é a primeira escola de amor e de humanidade.
A escolha
que fizemos há 35 anos é a escolha que continuamos fazendo todos os dias de
cuidar uns dos outros na família e de ser fiéis uns aos outros, pois nos
comprometemos a amar para sempre. Para a sociedade moderna, que, infelizmente,
tem desenvolvido uma "cultura do descarte", esse tipo de compromisso
parece ser uma loucura total, e é ridicularizado e desencorajado. Os jovens,
então, tendem a ter medo de se casar e a olhar para esse compromisso como um
fardo. Parte do nosso chamado é a encorajá-los a entrar na jornada do santo
matrimônio olhando para Cristo como a sua nova esperança.
Experimentamos
a vida nova nascendo e vimos os nossos pais nos dando apoio para criar os nossos
filhos. Também os vimos ficando mais velhos, mais frágeis, e cuidamos deles até
falecerem. Vimos os nossos filhos se desenvolvendo também eles para a
paternidade, enquanto nós assumíamos um papel de apoio para eles e para as suas
famílias. Continuamos passando adiante a nossa fé, todos os valores cristãos e
a cultura do "ubuntu" – humanidade [humaneness]. Isso traz alegria e
satisfação, e tem tornado as nossas vidas mais ricas e plenas através da graça
de Deus.
Intervenção da Família Nkosi (3ª Congregação Geral, 6 de outubro)
in http://ihu.unisinos.br/noticias/547752-quando-as-familias-tomam-a-palavra-no-sinodo
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