Resposta
improvisada do Papa Francisco
Os
jovens não querem casar, preferem conviver, tranquilos e sem compromissos;
depois, se vier um filho, casam-se à pressa. Hoje não está na moda casar!
Muitas vezes nos matrimónios na igreja, eu pergunto:
«Tu
que vens casar, é porque queres deveras receber do teu noivo ou da tua noiva o
Sacramento, ou vens porque socialmente se deve fazer assim?».
Aconteceu
há pouco tempo que, depois de uma longa convivência, um casal que conheço
decidiu casar.
«E
quando?». «Ainda não sabemos, porque estamos a procurar uma igreja que esteja
em harmonia com o vestido e um restaurante que esteja próximo da igreja, e
depois temos que preparar as lembranças, e depois...». «Mas, diz-me, com que fé
te casas?».
Como
se preparam os casais que devem casar?
Às
vezes realizam-se três conferências... É suficiente para verificar a fé? Não é
fácil. A preparação para o matrimónio não é questão de um curso, como poderia
ser um curso de línguas: tornais-vos esposos com oito lições.
A
preparação para o matrimónio é outra coisa.
Deve
começar em casa, com os amigos, desde a juventude, com o noivado. O noivado
perdeu o sentido sagrado do respeito.
Hoje,
normalmente, noivado e convivência são quase a mesma coisa.
Mas
nem sempre, há também bonitos exemplos...
Como
preparar um noivado que amadureça?
Porque
quando o noivado é bom, chega a um ponto que deves casar, porque está maduro. É
como a fruta: se tu não a colhes quando está madura, não é boa.
Mas
é toda uma crise, e peço-vos para rezar muito. Não tenho receitas para isto.
Mas é importante o testemunho do amor, do modo como resolver os problemas.
Papa
Francisco,
Discurso
no encontro com os jovens,
na
Visita Pastoral a Pompeia e Nápoles,
Sábado,
21 de Março de 2015
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