O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, é hoje o
entrevistado do Programa ECCLESIA (RTP 2, 15h30), antecipando os temas que vão
estar em debate na terceira assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos,
dedicada às questões da família.
Segundo
o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que rejeita a ideia de um
‘divórcio católico’, a Igreja Católica tem de se preocupar com a “complexidade”
humana.
A
assembleia sinodal que se inicia este domingo gerou “expectativas” na Igreja e
na sociedade que D. Manuel Clemente diz “partilhar”.
Um
dos assuntos mais discutidos na opinião pública foi o do acesso à Comunhão
pelos divorciados, em particular os recasados.
Segundo
o patriarca de Lisboa, a vida sacramental na Igreja Católica “tem de coincidir,
na sua globalidade, com aquilo que Cristo propõe, não são atos desgarrados”.
“Eu
comungo se estiver em comunhão, para acrescentar a comunhão: se tenho na minha
vida uma rutura grave, concretamente no campo do Matrimónio, como é que posso
comungar Cristo se não o comungo naquele outro sacramento?”, questiona.
Para
o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, por outro lado, a Igreja
“pode verificar e cada vez verifica mais” se efetivamente “aquele ato
sacramental” do Matrimónio aconteceu.
“Não
se trata de divórcio, trata-se de perceber a natureza do consentimento”,
precisa.
O
próximo Sínodo tem como tema os “desafios pastorais sobre a família” e será
seguido por uma assembleia ordinária em 2015; só após a conclusão destes dois
momentos serão apresentadas propostas a Francisco, a partir das quais poderá
redigir uma exortação apostólica.
Lisboa, 02 out 2014 (Ecclesia) - PR/OC
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