Devemos entender a palavra namorar como seduzir, encantar, cobiçar,
apaixonar-se, prender, criar afetos e laços com alguém ou alguma coisa.
Quantas vezes nos indagamos sobre o sentido de
namorar, na sociedade atual? Estarão os jovens preparados para namorar? Que
sentido tem, nas nossas vidas, esta palavra tão fecunda?
E namorar será somente cortejar, desejar ou gostar de alguém?
Sem dúvida que a palavra namorar pode assumir vários
contornos. Namorar pode ser entendido no sentido mais universal do vocábulo que
é amar, ou então, no sentido mais íntimo e humano assumindo o sentido de
apaixonar-se por algo ou por alguém. Neste caso, o namorar é também entendido
como o afeto livre e gratuito entre casais e esposos, numa entrega plena no quotidiano,
numa cumplicidade a dois para enfrentar a árdua caminhada.
O namoro assenta num acolhimento, numa dedicação, numa
entrega, num diálogo amoroso que se assume e que se sente para enfrentar a
vida.
Noutra dimensão, temos o namoro simples das coisas
belas que existem na natureza e nos tornam felizes. Por isso, é imperioso
namorar a família, a vida, as pessoas nas suas relações interpessoais,
compreendendo o ritmo vertiginoso das mudanças da sociedade em permanente
mutação, na qual vivemos.
Por último, o namoro culmina com um afeto
sustentado e inspirado na fé, na capacidade de ouvir e escutar o outro para nos
sabermos colocar no lugar do outro, para compreender e respeitá-lo numa
dinâmica de relação que se vai fortificando pela vida fora apoiada no espírito
de Jesus.
Urge namorar a Esperança, a Fé e a Vida. Namorar no silêncio, na paz e
na justiça para ir ao encontro da Palavra Celebrada.
Marta Guimarães
Equipa da Pastoral Familiar Arciprestal
Vila Nova de Famalicão
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