Separações, divórcios, uniões de
facto, recasados, violência doméstica, uniões civis, uniões de pessoas do mesmo
sexo, mães solteiras e mães de aluguer, jovens que excluem a via do casamento …
Um mar de lugares periféricos
habitados por tantos crentes, por tantos cristãos …
Estas feridas abertas, não
cuidadas, sem paliativos, geram sempre incompreensão, rejeição, dor,
sofrimento... muitas vezes até revolta e azedume que escurecem as vidas e
eliminam a esperança...
A confiança posta na Igreja
perde-se se não houver da sua parte uma transformação muito para além das suas
estruturas. A mudança passa pela conversão da atitude.
O
Papa Francisco diz-nos: “Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora… vejo claramente
que aquilo de que a Igreja mais precisa é de capacidade de tratar feridas e de
aquecer o coração dos fiéis, da afinidade, de proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de
campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o
colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos
falar de tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas… E é necessário
começar de baixo.” (Cf. Civiltá Cattolica, entrevista do Padre
Antonio Spadaro, SJ, ao Papa Francisco, a 19 de Agosto de 2013)
Eis-nos aqui, buscando a conversão
da atitude, como uma mãe ou um pastor, a correr este risco e a travar esta
batalha, a montar o nosso hospital de campanha, a sair de nós mesmo, a ir ao
encontro dos feridos, com um desejo imenso de cuidar e aquecer corações, criar
empatias, ser sinal da ternura e da bondade de Deus, num exercício prático da
misericórdia, mesmo que não nos aceitem ou não nos compreendam...
Ir ao encontro dos que se
encontram nas periferias da família é um longo caminho que todos temos que
sempre reiniciar. Com a IX Jornada da família, damos este pequenino passo de
aproximação e de afinidade, com a inquietação de dar outros para se dar
continuidade ao caminho. Na verdade, o futuro constrói-se conjuntamente.
A família como célula nuclear da humanização e da sociedade não precisa apenas de ser promovida e protegida. Ela tem necessidade da nossa atenção e do nosso compromisso. Ela precisa do melhor do nosso coração.
A família como célula nuclear da humanização e da sociedade não precisa apenas de ser promovida e protegida. Ela tem necessidade da nossa atenção e do nosso compromisso. Ela precisa do melhor do nosso coração.
P'la organização
Equipa da Pastoral Familiar de São Martinho de Brufe, VNF
Equipa da Pastoral Familiar de Santo Adrião , VNF
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