Na sua vida, Santidade, como pôde alcançar a certeza a respeito da fé?
É uma pergunta de
história, pois refere-se à minha história, à história da minha vida. Tive a graça de crescer numa família onde se vivia a fé de
forma simples e concreta; mas foi sobretudo
a minha avó, mãe do
meu pai, que marcou
o meu caminho de fé. Era uma
mulher que nos explicava, falava
de Jesus, ensinava o Catecismo.
Lembro-me sempre que, na Sexta-Feira Santa, ela nos levava à noite à procissão
de velas; no final desta procissão, passava o «Cristo jacente», e a avó fazia-nos – a nós crianças – ajoelhar e dizia-nos: «Olhai! Morreu, mas amanhã ressuscita».
Recebi o primeiro anúncio cristão precisamente desta mulher, da minha avó! Tudo isto é muito belo! O primeiro anúncio em casa, com a família! Isto faz-me pensar no carinho que põem
tantas mães e tantas avós na transmissão da fé. São elas que transmitem a fé. O
mesmo acontecia nos primeiros tempos, porque São Paulo diz a Timóteo: «Recordo a fé da tua mãe e da tua avó» (cf. 2 Tm 1, 5). Oh vós todas, mães
e avós que estais aqui, pensai nisto! A transmissão da fé… É que Deus coloca ao
nosso lado pessoas que nos ajudam no nosso caminho de fé. Não encontramos a fé no indefinido, não! Mas há sempre uma pessoa que prega, que nos
diz quem é Jesus, nos transmite a fé, nos dá o primeiro anúncio. E assim foi a
primeira experiência de fé que tive.
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