A 8.ª Jornada da Pastoral da Cultura, que decorre a 22
de junho em Fátima, é dedicada ao tema “Há uma alegria e uma esperança
para nós”, extraído do título da Gaudium et spes, um dos mais
importantes documentos do Concílio Vaticano II (1962-1965).
No momento em que se realiza em Milão o 8.º Encontro
Mundial das Famílias, com a presença de Bento XVI, recordamos alguns
das referências sobre o assunto sugeridas pela constituição que se
centra sobre a atuação da Igreja Católica no mundo.
«A família é como que uma escola de valorização
humana. Para que esteja em condições de alcançar a plenitude da sua
vida e missão, exige, porém, a benévola comunhão de almas e o comum
acordo dos esposos, e a diligente cooperação dos pais na educação dos
filhos. A presença ativa do pai contribui poderosamente para a formação
destes; mas é preciso assegurar também a assistência ao lar por parte
da mãe, da qual os filhos, sobretudo os mais pequenos, têm tanta
necessidade; sem descurar, aliás, a legítima promoção social da mulher.
Os filhos sejam educados de tal modo que, chegados à
idade adulta, sejam capazes de seguir com inteira responsabilidade a
sua vocação, incluindo a sagrada, e escolher um estado de vida; e, se
casarem, possam constituir uma família própria, em condições morais,
sociais e económicas favoráveis. Compete aos pais ou tutores guiar os
jovens na constituição da família com prudentes conselhos que eles
devem ouvir de bom grado; mas evitem cuidadosamente forçá-los, direta
ou indiretamente, a casar-se ou a escolher o cônjuge.
A família - na qual se congregam as diferentes
gerações que reciprocamente se ajudam a alcançar uma sabedoria mais
plena e a conciliar os direitos pessoais com as outras exigências da
vida social - constitui assim o fundamento da sociedade. E por esta
razão, todos aqueles que têm alguma influência nas comunidades e grupos
sociais, devem contribuir eficazmente para a promoção do matrimónio e
da família. A autoridade civil há de considerar como um dever sagrado
reconhecer, proteger e favorecer a sua verdadeira natureza, assegurar a
moralidade pública e fomentar a prosperidade doméstica. Deve
salvaguardar-se o direito de os pais gerarem e educarem os filhos no
seio da família. Protejam-se também e ajudem-se convenientemente, por
meio duma previdente legislação e com iniciativas várias, aqueles que
por infelicidade não beneficiam duma família. (...)
Os próprios esposos, feitos à imagem de Deus e
estabelecidos numa ordem verdadeiramente pessoal, estejam unidos em
comunhão de afeto e de pensamento e com mútua santidade, de modo que,
seguindo a Cristo, princípio da vida, se tornem, pela fidelidade do seu
amor, através das alegrias e sacrifícios da sua vocação, testemunhas
daquele mistério de amor que Deus revelou ao mundo com a sua morte e
ressurreição. (GS 52)
A família é, prioritariamente, como que a mãe e a
fonte da educação: nela, os filhos, rodeados de amor, aprendem mais
facilmente a reta ordem das coisas, enquanto que as formas aprovadas da
cultura vão penetrando como que naturalmente na alma dos adolescentes,
à medida que vão crescendo. (GS 61)
É demasiado frequente (...) que os trabalhadores estão
de algum modo escravizados à própria atividade. Isto não encontra
justificação alguma nas pretensas leis económicas. É preciso, portanto,
adaptar todo o processo do trabalho produtivo às necessidades da
pessoa e às formas de vida; primeiro que tudo da doméstica,
especialmente no que se refere às mães, e tendo sempre em conta o sexo e
a idade. Proporcione-se, além disso, aos trabalhadores a possibilidade
de desenvolver, na execução do próprio trabalho, as suas qualidades e
personalidade. Ao mesmo tempo que aplicam responsavelmente a esta
execução o seu tempo e forças, gozem, porém, todos de suficiente
descanso e tempo livre para atender à vida familiar, cultural, social e
religiosa. Tenham mesmo oportunidade de desenvolver livremente as
energias e capacidades que talvez pouco possam exercitar no seu
trabalho profissional. (GS 67)
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura |
02.06.12
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