A vida em casal nasce de uma opção racional e ponderada. Por isso, não é algo instintivo, nem é como seleccionar um filme para ver ou um livro para ler. É antes uma escolha e uma decisão livre, responsável e madura de ambos! Uma escolha que permite uma união física, mental e espiritual. Uma decisão que gera a partir de dois seres uma nova realidade aberta ao dom da vida, à educação dos filhos e aos outros.
Desenvolve-se um projecto comum, criando um percurso e uma história comum, procurando diariamente conhecer o outro, sonhando com uma família que se gera através do amor e que se faz crescer, caminhando para além de nós próprios, abrindo-nos aos outros e a Deus! Ao longo deste caminho, é necessária muita força, inteligência, dedicação, amor, perdão… que nos impulsiona para sermos cada vez mais uma força única, capaz de renovar diariamente esta decisão e ser um sinal para as outras famílias e para a sociedade que pretendemos ter.
Não é fácil viver o dia-a-dia! Pensar, organizar e gerir o trabalho, as compras, a casa, a educação dos filhos, as tarefas rotineiras e cansativas. A gestão da vida familiar não é fácil, mas não é impossível! Temos que usar as nossas capacidades e as nossas virtudes para estar ao dispor do bem comum da nossa família. Sermos capazes de parar e pensar, de perdoar e de amar, de chorar e de rir, mas sobretudo saber ser em relação aos outros e a Deus! Temos que ser responsáveis individualmente para e pelo bem e sucesso de toda a família, e assumir plenamente o compromisso de fazer os outros felizes! Permitir que os outros cresçam respeitando-os nas suas diferenças e aceitando-os na sua autenticidade. Proporcionar tempo e espaço para que o crescimento pleno de cada um aconteça dentro de valores humanos e cristãos. A minha felicidade acontece quando vejo a minha família feliz, capaz de crescer em educação, em formação científica e humana, em liberdade e respeito pelos homens e pela terra. E a felicidade da minha família será maior, se as outras famílias também forem felizes e abertas aos valores! Estes valores podem ser diferentes dos meus, desde que respeitem sempre o ser humano.
O contexto da sociedade actual é difícil e exige a procura de soluções para aqueles que pertencem à nossa família, ao nosso grupo de amigos e até da nossa comunidade, e que passam maior necessidade, perderam a sua orientação e os seus valores.
Temos que ser capazes de encontrar e ser a resposta para ajudá-los e orientá-los no seu percurso, e desta forma abrir-lhes um caminho para a vida e para a esperança.
Se soubermos oferecer uma mão amiga, um pequeno gesto ou ouvir, se soubermos partilhar um pouco do que temos com aqueles que nada ou pouco têm, abriremos o caminho para a felicidade de todos, para a esperança e para a verdadeira experiência de Deus através dos irmãos.
Na família e em família é imperativo unir as nossas mãos e partilhar com amor!
Adão e Ana Almeida
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