Viver é desatar nós:
aqueles que nos consomem a garganta e nos sufocam as palavras que se transformam em frases inacabadas;
aqueles que nos fazem entupir com
lágrimas contidas por sofrimentos pouco partilhados como se cada pessoa
estivesse condenada a viver por sua própria conta e risco;
aqueles que transformam conversas arquivadas em diálogos fecundos que trazem saúde;
aqueles que devolvem o brilho no olhar quando o coração se enche de esperança.
Viver é desatar nós:
aqueles que fazem as nossas ruas escuras como se a nossa vida fosse somente constituída por sombras e incertezas;
aqueles que nos prendem a ilusões desmedidas e não nos deixam saltar para a realidade criadora;
aqueles que não nos deixam ver que o preço da vida não pode ser negociado;
aqueles que preenchem os nossos dias com
relatórios e informações em texto corrido como se a vida não fosse uma
grande folha em branco;
aqueles que não nos ajudam a ver que a vida é feita de muitas probabilidades e menos pré-visões e pré-conceitos;
aqueles que nos ajudam a lidar com serenidade e leveza com os imprevistos e adversidades;
aqueles que nos permitem driblar o pessimismo e acreditar em soluções.
Viver é desatar nós:
aqueles que tiram a alma do emaranhado da vida pela metade e a levam às fontes da Vida eterna e abundante!
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