Uma das estratégias mais antigas e eficazes para conseguir destruir uma família, uma instituição ou mesmo um povo, é a divisão.
Criar ruturas internas, colocando uns
contra outros, permite aos narcisistas assumir o poder, uma vez que não o
conseguiriam alcançar de outra forma.
A união, que é uma força capaz de
grandes feitos, quando quebrada, abre muito espaço para que o mal entre,
se instale e se multiplique.
Há quem domine os outros baseando a sua atuação apenas no princípio de criar e alimentar rivalidades.
Entre duas pessoas, é comum que uma
tente afastar a outra dos que estão com ela. Uma manobra para ganhar
força através do enfraquecimento alheio. Outros, em vez de se
aperfeiçoarem a si próprios, preferem degradar o outro e, assim, de
forma estranha e perversa, ficam a sentir-se melhor…
Em grandes instituições, o declínio e a
destruição começam sempre por uma pequena fenda que, à semelhança de um
grande navio, se não for reparada de imediato, pode tornar-se
irrecuperável.
Importa estarmos bem atentos ao que
procura dividir-nos. A hora em que o espírito da divisão ataca é o
preciso momento de nos unirmos ainda mais, a fim de nos mantermos
juntos.
O mal não usa a força, não empurra,
seduz-nos e, depois, leva-nos pela mão para onde nos promete ser o
paraíso. A nossa liberdade é uma força, é livre e inviolável.
Somos diferentes. Somos únicos. Isso é
bom. Muito bom. A partir daqui podemos optar por aceitar a convivência
como uma guerra ou como uma excelente forma de nos enriquecermos uns aos
outros. Aquilo que nos outros é diferente de mim não é um defeito, pode
muito bem ser uma virtude que posso e devo aprender.
Uma pessoa também se pode dividir a si
mesma. Importa aprender a relacionarmo-nos connosco mesmos de forma
benevolente, aceitando-nos e procurando a harmonia. Quantas vezes a
escolha interior da paz não é um golpe fatal na vontade da guerra?
Não deixes que a vontade de ir à frente te seduza, nem temas ficar para trás…
Por mais lento que seja o teu passo,
encontrarás sempre muitas pessoas que até te podem amar sem que tu as
ames a elas. Procura ser um, com todos, sem receio da diferença nem do
encontro.
Faz o teu caminho e ama. Sê inteiro e
procura o bem do outro, porque é amando que se é feliz, apesar de todos
os sofrimentos a que isso obriga.
Comentários
Enviar um comentário