É bom, belo e justo celebrar o Dia da Mãe: agradecer a
todas as mães que dia e noite, todos os dias e todos anos, ao longo da
sua vida, se dedicam ao acolhimento amoroso, à educação e ao crescimento
integral dos filhos.
Ser mãe não significa somente colocar no mundo um filho, mas é também
uma escolha: a de dar a vida. Nada há mais nobre e mais santo!
Na sua terceira exortação apostólica, “Alegrai-vos e exultai”, o Papa
Francisco recorda que a santidade é construída na vida de cada dia, com
os “pequenos detalhes do amor” (n. 145). Todos sabemos, por experiência
própria, que a sacralidade de tantos pequenos gestos das nossas mães
deixou um sabor indizível e inesquecível no nosso coração de filhos.
As mães são verdadeiras beneméritas da sociedade, pois sabem cultivar
e transmitir, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação e a
força moral. São também as mães que transmitem o sentido mais profundo
da vivência religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de
devoção que uma criança aprende, inscrevendo assim, indelevelmente, o
valor da fé na vida de um ser humano.
Queridas mães, obrigado por aquilo que nos dais, pelo que sois na
família e por aquilo que dais à Igreja e à sociedade. Que a celebração
de mais um Dia da Mãe junte, em coro, as nossas vozes à dos decisores
políticos e económicos, dos agentes culturais e da comunicação social e
todos nos empenhemos a apoiar e a proteger o dom da maternidade que
começa na fecundação e nunca deixa de se manifestar.
As mães de todos os tempos têm como modelo Maria, Mãe de Jesus. Que
Nossa Senhora abençoe todas as mães! As acolha e proteja sob o seu santo
manto.
Como “pequena lembrança” para este dia, aqui deixamos uma singela parábola:
Um anjo fugiu do paraíso para dar um passeio pela terra.
No findar do dia, decidiu levar algumas lembranças daquela
visita. Num jardim, viu algumas rosas: apanhou as mais bonitas e fez um
belo ramo para levar para o paraíso.
Mais à frente, viu uma criança sorrir para a mãe. Encantado com a ternura daquela criança, apanhou também o seu sorriso.
Estava para partir, quando viu uma mãe olhar com amor para o seu
pequenino no carrinho. O amor jorrava como uma nascente a transbordar. O
anjo pensou: «O amor daquela mãe é o que de mais bonito existe na
terra, portanto pegarei também nele».
Voou para o céu, mas antes de passar pelos portões azuis, decidiu
examinar as recordações para ver como se tinham conservado durante a
viagem.
As flores estavam murchas, o sorriso da criança tinha-se
esmorecido, mas o amor da mãe ainda tinha todo o seu esplendor e
beleza. Pôs de lado as flores murchas e o sorriso apagado, chamou à sua
volta todos os hóspedes do céu e disse: “Eis a única coisa que
encontrei na terra e que manteve toda a sua beleza durante a viagem para
o paraíso:
o amor de mãe!”.
Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família para o dia da Mãe
6 de Maio de 2018
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