O primeiro a saber da vocação do Papa Francisco para
ser padre, quando ele ainda era jovem, foi o seu pai, que reagiu bem
Com apenas 17 anos, Mario Bergoglio, pai do Papa Francisco, fez
uma verdadeira conferência sobre o papado. Já a avó do Papa, dona Rosa, era
muito ativa na Ação Católica e sempre era chamada de 'Rosina' pelo informativo
Diocesano. Estes são alguns detalhes da fé e do engajamento na vida cristã do
pai e da avó do Papa Francisco, ainda antes deles emigrarem para a Argentina,
quando moravam na Itália.
Inscrito na União Juvenil de São Martinho de Asti
(Itália), durante a tradicional Festa do Papa – celebrada pelos jovens
católicos do Círculo – o pai do Papa Francisco, Mario Bergoglio,
pronunciou “um belíssimo discurso ilustrativo sobre o Papado, elevando por
último um hino de admiração e louvor ao Papa Pio XI, o Papa da Ação Católica”.
“Se Mario Bergoglio não tivesse emigrado para a Argentina no início de 1929,
certamente seria uma das grandes lideranças da Ação católica diocesana”, lê-se
em matéria desta semana do L’Osservatore Romano.
A matéria também traz algumas confidências do agora Papa
sobre sua relação com os seus pais, aos quais, por primeiro, confidenciou sua
vocação religiosa. “Em primeiro lugar – contou Francisco – contei ao meu pai e
ele reagiu bem. Mais do que isto, disse que estava contente por isto. Eu tinha
certeza que o meu pai me entenderia. Sua mãe era uma pessoa muito religiosa e
ele havia herdado dela esta religiosidade e aquela força, unida à grande dor pelo
abandono da própria terra”.
Sobre a grande fé do pai do Papa Francisco,
Mario Bergoglio, não se poderia ter dúvidas. Ele foi também “examinador, ao
lado do Bispo de então, Dom Luigi Spandre, em uma competição de catequese,
realizada no Teatro de Fulgor”. Também recitou no teatro paroquial de São
Martinho, em Asti, por ocasião da retomada das atividades formativas dos jovens
da Conferência de São Vicente de Paulo, que dedicava-se à assistência à
domicílio aos pobres e aos enfermos do hospital civil.
Um mês antes do embarque para Buenos Aires, em Gênova,
Mario Bergoglio visitou, na qualidade de ‘propagandista’ da Federação
Juvenil, o Círculo de Caltell’Alfero. “Transmitirá, anos mais tarde, este seu
carisma e esta sua grande fé ao filho Jorge”, explica o L’Osservatore Romano
Também o nome da avó do Papa Francisco, Rosina
Bergoglio, - como é afetuosamente chamada pela Gazzeta d’Asti - aparece
diversas vezes no informativo diocesano. Em 8 de junho de 1924, na qualidade de
conselheira para a Ação Social, participa da anual jornada social da União
Feminina Católica Italiana de Asti.
Em 1923, a senhora Bergoglio, na época com 39
anos, é conselheira para questões relativas à moralidade. Sob a direção do
carismático assistente eclesiástico, Padre Luigi Goria, Rosa começa a
participar de conferências e encontros em toda a Província. “Quando deixa a
Itália para uma nova aventura – conta o L’Osservatore – Rosa não esquecerá
nunca a experiência vivida na Ação católica de Asti, a qual continuará a
inscrever-se regularmente mesmo vivendo na Argentina”.
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