O
Papa Francisco disse esta segunda-feira que a Igreja Católica vai promover uma
reflexão sobre a questão da nulidade dos matrimónios e as segundas uniões, que
considerou um “problema grave”.
“O
problema não pode ser reduzido à questão de comungar ou não, porque quem coloca
o problema somente nestes termos não entende qualé o verdadeiro problema”,
disse, num encontro com o clero de Roma que decorreu na Basílica de São João de
Latrão, a catedral da capital italiana.
Segundo
o Papa, este é “um problema grave de responsabilidade da Igreja, em relação às
famílias que vivem esta situação”.
Francisco
adiantou que o tema vai estar em debate entre 1 e 3 de outubro na primeira
reunião com os membros da comissão de oito cardeais representantes dos cinco
continentes que nomeou para o aconselharem no governo da Igreja e também para
estudarem o documento que regulamenta a Cúria Romana.
O
Papa disse ainda que o tema do casamento será tratado também no próximo Sínodo
dos Bispos, por ser uma "periferia existencial”, no contexto da “relação
antropológica” do Evangelho com a pessoa e a família.
A
questão já tinha sido abordada por Francisco no final da viagem ao
Brasil (28 de julho), durante um encontro com jornalistas, no voo de regresso a
Roma, ao ser questionado sobre o acesso aos sacramentos para os divorciados que
voltaram a casar: “Eu acho que é necessário estudar isso na totalidade da
pastoral do matrimónio. E por isso é um problema”.
A intervenção de segunda-feira, divulgada pela Rádio
Vaticano, deixou um tom de otimismo em relação ao futuro: “Ouso dizer que a
Igreja nunca esteve tão bem como hoje. A Igreja não cai: estou certo disso,
estou certo”.
Cidade do Vaticano, 17 set 2013 (http://www.agencia.ecclesia.pt)
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