São as obras que falam. Não as palavras.

Muitos são os que precisam de encher as suas vacuidades com todo o tipo de ruídos. Falam, mas não gostam de escutar. Não têm tempo nem espaço dentro de si para o outro. Sentem-se cheios de si mesmos, mas estão vazios e não são causa de nenhum verdadeiro bem.

Julgam que os temos presentes mesmo quando não estão diante dos nossos olhos. Têm ideia de que são referências que temos em conta, exemplos que seguimos.
É o que faço que me define, não o que digo. São as obras de que sou autor que me constroem ao mesmo tempo que acrescentam ou retiram valor ao mundo.
Há quem prometa muito para o futuro, julgando que a sua intenção é, por si só, preciosa. Passam os instantes e o que fica são os gestos.
As nossas certezas devem dar substância e forma aos nossos dias. Devemos lutar pela nossa fé e por ela orientar toda a nossa vida, rumando ao melhor de nós.
Não basta defender belas causas se, na vida concreta do dia a dia, não formos capazes de viver de acordo com elas.
Pode a comunidade debater a legalidade da eutanásia ou do aborto, mas aos cristãos é pedido que façam o possível para que ninguém se sinta com vontade de abortar ou de querer morrer. Não basta que seja legal ou ilegal. Importa que ninguém tome o aborto ou a eutanásia como opções a considerar na sua vida. Jamais.
É preciso amá-los.
A presença é o maior sinal do amor e o silêncio a conversa mais importante.

Por José Luís Nunes Martins

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