Por que muitos jovens não querem casar-se?

Na catequese desta quarta-feira, Francisco refletiu sobre o sacramento do matrimônio e recordou que é uma união protegida por Deus
O Santo Padre Francisco estava acompanhado por dois convidados de honra no papamóvel hoje pela manhã. Um jovem com síndrome de Down e um acólito percorreram a praça com o Papa saudando os fiéis e peregrinos de todo o mundo reunidos para participar da Audiência Geral.
A chuva que tem caído estes dias em Roma deu uma trégua hoje, permitindo que os peregrinos desfrutassem mais a companhia do Papa. Como de costume, antes da catequese, Francisco abençoou e beijou as crianças que lhe foram trazidas, e trocou algumas palavras com os fiéis que estavam nas filas da frente.

Nesta quarta-feira, o Santo Padre continuou o ciclo de catequeses sobre a família, falando especificamente sobre o matrimônio.
Resumindo em português, Francisco disse: “Desde o tempo das Bodas de Caná, para as quais foi convidado Jesus, muita coisa mudou. Devemos interrogar-nos seriamente sobre as razões que levam tantos jovens a optar por não se casarem. Preferem a convivência e, habitualmente, de responsabilidade limitada… Por que não se casam? As dificuldades não são apenas de carácter econômico, nem se ficam a dever – como querem alguns – à emancipação da mulher. Na realidade, quase todos os homens e mulheres sonham com uma segurança afetiva estável, um matrimônio sólido e uma família feliz. A família aparece no topo das preferências dos jovens, mas, com medo de falir, muitos descartam-na; e este medo de falir é talvez o maior obstáculo para aceitarem a palavra de Cristo, que promete a sua graça à união conjugal e à família. Em Caná, Jesus não só participou nas Bodas, mas salvou a festa com o milagre do vinho. Queridos irmãos e irmãs, não tenhais medo de convidar Jesus para as vossas Bodas. Quando se casam «no Senhor», os cristãos são transformados num sinal eficaz e duradouro do amor de Deus: o matrimônio é uma festa que se renova nas sucessivas estações da vida dos esposos. O testemunho mais persuasivo da bênção do matrimônio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para manifestar a beleza deste sacramento”.
O Papa Francisco cumprimentou os peregrinos de língua portuguesa, “em particular os sacerdotes de Aracaju e os diversos grupos paroquiais do Brasil e de Portugal, sede bem-vindos! De coração vos saúdo a todos, confiando ao bom Deus a vossa vida e a dos vossos familiares. Rezai também vós por mim! Que as vossas famílias se reúnam diariamente para a reza do terço sob o olhar da Virgem Mãe, para que nelas não se esgote jamais o «vinho bom» de Jesus!”.

Depois da saudação em diversas línguas, o Papa dirigiu um pensamento especial aos jovens, aos doentes e recém-casados. O Santo Padre recordou que hoje a Igreja celebra a festa de Santa Catarina de Sena, padroeira da Itália e da Europa. Por isso, pediu que sua existência ajude os jovens a compreenderem “o sentido da vida vivida para Deus”. Ele também pediu que a fé inabalável da santa ajude os doentes "a confiar no Senhor nos momentos de sofrimento". E por fim, que a sua força com os poderosos indique aos recém-casados “os valores que realmente contam na vida familiar".

CIDADE DO VATICANO, 29 de Abril de 2015 (Zenit.org) 

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